Hoje, 11 de Janeiro, fomos presenteados com fotos maravilhosas de Kendall Jenner para a Harper’s Bazaar estadunidense. A modelo estampa a capa da edição de Fevereiro 2018 da revista, a sua primeira do ano, fotografada pelas lentes de Sølve Sundsbø com muita elegância e beleza.
Jenner é clicada em diferente poses, muitas delas em um set com a alusão de chuva, mostrando os looks de diferentes grandes grifes: Balmain, Dior, Burberry, Ralph Lauren, Prada, Chanel, Calvin Klein e Saint Laurent.
Além disso, a revista convidou Cara Delevingne, grande amiga de Kendall, para entrevistar a modelo que contou um pouco sobre o seu estilo, novo hobby e outros fatos interessantes de sua vida agora que completou 22 anos. Confira abaixo:
A verdade nua e crua: Kendall Jenner como você nunca viu antes
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CARA DELEVINGNE: Feliz aniversário atrasado! Você recentemente completou a idade avançada de 22 anos. Quão velha você se sente realmente?
KENDALL JENNER: Depende. Às vezes eu me sinto uma criança completa quando eu estou sendo boba por uma semana com os meus amigos e, depois, às vezes eu quero ficar em minha casa tomando chá e assistindo filmes antigos como se eu tivesse 60 anos.
CD: Parece certo. Todas as vezes que estamos juntas nós estamos ou brincando de fazer barulhos de pássaros ou sentadas na varando em cadeiras de balanço falando sobre os jovens de hoje. Você se sente uma pessoa realizada de 22 anos?
KJ: Eu sinto que a vida que eu vivo é extraordinária em muitas maneiras mas que também vem com muitas responsabilidades. Eu tive que crescer muito rápido e lidar com situações em que a maioria das pessoas com 22 anos não tem que lidar. Há dias e semanas e meses em que você apenas não para.
CD: A pressão pode ser esmagadora às vezes.
KJ: Pode mesmo! E você me conhece e quão paranóica eu posso me tornar com as coisas mais pequenas. Se algo não está acontecendo do jeito que eu planejei, eu enlouqueço. Alguns dias eu quero ir viver em uma fazenda e não falar com ninguém e apenas morar no meio do nada.
CD: Que tipos de animais você teria?
KJ: Na minha fazenda? Eu teria literalmente um monte de animais. Eu teria sete cavalos porque eu acho que é uma quantidade razoável de cavalos para amar e cuidar, e ovelhas e cabras e galinhas e cachorros–tipo, 10 cachorros. Mas sem gatos porque eu não sou uma pessoa de gatos, a não ser que eles sejam gatos Savannah, que são tipo pequenos guepardos.
CD: Eu também quero muito um.
KJ: Eles são tão bons. Desculpa, eu fiquei muito animada com a pergunta.
CD: Você realmente pensou bastante sobre essa fazenda! Você cresceu no olho do público. Há alguma coisa que você sente que perdeu?
KJ: A resposta mais óbvia seria a faculdade, eu acho, mas eu nem sei se me arrependo disso. Eu tive uma infância bem normal e fui para a escola até a 10ª série (1º ano do EM no Brasil). Depois disso eu estudei em casa mas eu ainda vi vários dos meus antigos amigos. Eu não fui para o prom, contudo, o que foi meio chato. Eu não posso reclamar a não ser por agora, talvez, eu gostaria de ir à Disneylândia ou a uma praia pública. Ir a uma praia em paz seria encantador. Ser capaz de curtir e conhecer novas pessoas e não ter que ser incomodada seria incrível.
CD: Quando você tiver filhos–porque eu sei que você vai ter muitos–como você vai se sentir se um deles querer entrar no mundo da moda e se tornar famoso que nem a mãe deles? Você vai deixá-los ter acesso às redes sociais?
KJ: Eu acho que, definitivamente, vou colocar um limite de idade para isso e tentar mantê-los longe tanto quanto possível. Eu sempre amei ser capaz de brincar no meu quintal com os meus animais, e o meu cachorro, e os meus amigos. Será interessante ver como o mundo será quando eu tiver filhos. Mas eu definitivamente não planejo tê-los tão cedo.
CD: Trazer crianças para o mundo é bem assustador agora, não é?
KJ: É super assustado.
CD: Nós temos que ter certeza de termos os nossos ao mesmo tempo para que eles cuidem um do outro. O que em particular te mantem acordada à noite?
KJ: É engraçado você perguntar porque eu tenho uma ansiedade tão debilitante por causa de tudo que vem acontecendo que eu acordo literalmente no meio da noite com assustadores ataques de pânico. Por onde eu começo? Tudo é tão horrível, é difícil nomear apenas uma coisa. Eu só acho que o mundo precisa de mais amor. Eu queria ter o poder de enviar o Cúpido ao redor do planeta, mesmo que isso soe brega. Você vai online e ver todo mundo dizendo coisa horríveis uns aos outros e é difícil se manter positivo. É difícil não ser comido vivo por toda a negatividade.
CD: O que significa ser uma supermodelo hoje versus 20 anos atrás?
KJ: Na verdade, eu falei sobre isso com algumas mulheres, tipo Cindy Crawford, que vem fazendo isso por muito tempo. Eu acho que as redes sociais tem muito a ver com o quanto está diferente. Muitas pessoas falam, “Ah, é muito mais fácil agora porque existe o Instagram. Você nem precisa mais de uma agência,” Mas isso não é verdade. Eu ainda tenho que ir a todos os castings, eu ainda tive que ir conhecer todos os fotógrafos, eu ainda tive que fazer tudo isso para chegar onde estou agora. Nenhum passo foi pulado porque eu tinha as redes sociais. Eu ainda tenho 12 horas de trabalho ou até mesmo 24 horas às vezes; eu ainda tenho que fazer tudo isso. Nós não trabalhamos menos do que as modelos dos anos 90.
CD: Rede social é uma besta interessante. Quando você tem mais de 85 milhões de seguidores no Instagram você talvez pode receber a atenção que não queira. O que você faz para não se tornar cansada?
KJ: Ultimamente eu tento ficar longe disso e eu definitivamente não leio os comentários. Eu acho que o Instagram é um local divertido na maioria das vezes. Eu gosto de ver o que as pessoas estão fazendo mas eu sigo mais contas com fotos de filhotes e animaizinhos e pessoas salvando animais. Esqueça o Twitter, que não é tão divertido esses dias. Apenas me faz sentir triste.
CD: É verdade. Mesmo que você entre por, tipo, um minuto você sabe que vai ler algo horrível, sobre você mesma ou sobre o mundo.
KJ: Eu nem ligo para mim mesma nesse ponto. [Risos]
CD: Do que eu tenho visto dos seus amigos, você sai com um grupo incrivelmente louco e criativo que está fazendo a sua própria coisa e que parece que não liga para o que as pessoas pensam deles. Você pegou um pouco disso? Você parece estar tomando mais riscos de moda.
KJ: Sim. Eu tenho certeza que estar na indústria da moda e ter tantos amigos que entendem de moda–pessoas jovens que morreriam por isso–me inspiram a tentar e a empurrar limites. Eu não tenho medo de tentar algo mesmo que eu saiba que ninguém irá gostar disso.
CD: Que amigo inspira você?
KJ: Tyler [the Creator] me inspira bastante. Ele é tão determinado em fazer algo que ele acho incrível. Ele acabou de abrir uma nova loja em Fairfax em Los Angeles e ele lançou um álbum incrível no último verão e agora ele está em turnê. O que quer que ele queira fazer, ele faz e na maneira mais legal e melhor. Eu gosto de pessoas que quebram o limite do que é esperado. Até você, cara! Você inspira bastante.
CD: Ha!
KJ: Não, de verdade! Você está aqui arrasando, fazendo filmes porque você quer. Eu quero ser como você, como Tyler, como todos os meus amigos.
CD: Você consideraria fazer a sua própria linha?
KJ: Kylie e eu temos nossa pequena marca que fazemos juntas e, na verdade, nos divertimos muito mas eu adoraria me afastar e fazer algo um pouco mais sério e realmente me sentar e testar meu cérebro e brincar com ele um pouco.
CD: Todas as vezes que vou à sua casa, você sempre tem um novo quadro na sua parede. Isso é algo que você está explorando?
KJ: Muitas pessoas não sabem disso sobre mim mas eu tenho um verdadeiro amor em design de interior. Eu estou trabalhando com uma designer chamada Martyn Bullard que é bem maravilhosa e quem me faz apaixonar pela arte, mais ou menos. Kanye também tem sido uma grande influência. Ele conhece muito de arte e tem peças incríveis em sua casa.
CD: O que você espera estar fazendo daqui a 22 anos?
KJ: Eu espero ter uma família e estar apaixonada. Eu apenas quero luz e felicidade e amor. E você! Eu quero você em minha vida!
CD: Esperançosamente um pouco desse amor alcançará as pessoas que estão distribuindo tanto ódio no mundo agora.
KJ: Espero que sim. Continuarei enviando vibrações positivas.